Salmos, 19.1
Se alguém tentar olhar o sol (a olho nu) certamente não o verá, e se insistir por alguns instantes, poderá ter sérios problemas de visão!
Acontece que nossos olhos não estão habilitados a ver o sol, mas apenas a contemplar as coisas que sua luz ilumina. Da mesma forma acontece com relação a Deus.
Não podemos vê-lo com nossa visão humana, mas apenas contemplar e sentir as Suas obras.
“Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.” (Salmos, 19.1).
A humanidade, todavia, durante toda a sua existência, mergulhou numa luta inglória para conhecer Deus por seus próprios métodos.
Vejamos o que disseram, a respeito, os grandes teólogos:
Clemente de Alexandria, o mais antigo dos teólogos, ensinava que “É impossível qualquer conhecimento de Deus sem a fé. – Esta é o fundamento da verdade”.
Orígenes, que nasceu no Egito, no ano 185, escreveu “Deus é inacessível a todo entendimento humano, mas há uma forma de o homem natural obter provas de Sua existência: através da observação do universo e das criaturas”.
Agostinho, o maior teólogo da igreja primitiva, escreveu “Como conhecer Deus? Qual é o itinerário da razão desde a cegueira e a ignorância em que nascemos, até a visão de Deus?”
Anselmo de Cantuária foi muito feliz ao escrever “Tenho dentro de mim a idéia de um Ser tal, que não se pode imaginar nada maior, isto é, um Ser infinito. Logo, esse Ser existe, pois eu O vejo em certo sentido, desde o momento em que penso n’Ele”.
Comentando I Coríntios, 13.12: “Porque agora vemos em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como sou conhecido”.
Tomás de Aquino disse: “A ordem, a criação inteira é um espelho. A grandeza que Deus espalhou sobre Suas obras nos faz conhecer Sua sabedoria, Sua verdade e Sua divina infinitude”.
Quando vemos através de um espelho, não vemos a realidade, senão a sua imagem. Mas quando vemos face a face, vemos a própria realidade, tal como é.
Para que vejamos Deus, portanto e finalmente, precisamos de outros olhos (olhos espirituais) com os quais, um dia, fora de nossa natureza humana finita e pecadora, pela fé, o veremos face a face, no esplendor de Sua glória, no maior dos privilégios os quais se pode imaginar.
Que Deus abenções à todos em mais um ínicio de semana!
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