sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Caminho é longo...continua caminhar!

O caminho é longo!
É preciso chegar ao fim…
O caminho é pedregoso!
É preciso desviar das pedras,
quebrar as rochas e seguir avante…
É preciso ter coragem, correr os riscos,
enfrentar o perigo e ser constante…
O caminho não está feito…
é preciso construí-lo todos os dias,
arrancando espinhos, derrubando barreiras,
aterrando vales…
O caminho às vezes escurece.
É preciso estar prevenido,
não deixar nunca a lâmpada sem azeite,
estar pronto para tudo o que acontece.
Às vezes chove, faz frio e o vento sopra e incomoda.
É preciso um abrigo.
Às vezes o caminho é solitário!
É preciso um amigo.
Às vezes o sol queima, a sede devora.
É preciso uma sombra,
uma fonte onde a gente se revigore.
Às vezes toda a perspectiva de um caminho desaparece.
É preciso uma esperança profunda,
sem limites.
Uma esperança que nunca desvanece.
A certeza de que alguém falou e a sua palavra nunca falha.
A certeza de que não estamos sós nesta jornada,
mas somos um povo a construir
a sua estrada rumo ao mesmo fim.
Onde a promessa se cumprirá plenamente.
Onde não haverá mais chuva nem frio nem trevas.
Tu, que andas por este caminho,
percorre-o até ao fim.
Constrói este caminho dia a dia,
não em terra de areia, mas em chão firme.
Caminha sempre.
Não importa que haja quedas.
Importa sempre começar de novo…
confiar sempre no mesmo amigo,
seguir sempre em frente como peregrino,
como povo,
caminhando e crescendo na mesma amizade
e na mesma fé,
alimentados pela mesma esperança em busca de comunhão.
Caminhando sempre de mãos dadas,
com a mesma coragem e mensagem.
Eis o lema do Cristão: Caminhante, não há caminho.
Faz-se caminho ao andar.

"A terra cobre-se de uma nova raça de homens,
simultaneamente instruídos e analfabetos,
que dominam os computadores
e não sabem nada sobre as almas,
tendo mesmo esquecido o que semelhante
palavra pôde um dia designar.
Quando algo na vida, apesar de tudo, os atinge -
um luto ou uma ruptura -
essas pessoas têm menos defesas que um recém-nascido.
Ser-lhes-ia então necessário falar
uma língua que deixou de ter lugar,
muito mais subtil que a gíria informática." -
(Christian Bobin, em "Ressuscitar")

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